Vídeo. Band faz matéria sobre agressão e violência sexual em bar VIP de Santarém

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Vídeo. Band faz matéria sobre agressão e violência sexual em bar VIP de Santarém

A RBA/Santarém, afiliada da Rede Bandeirantes, levou hoje, 9, ao ar uma matéria sobre o caso de uma jovem que sofreu violência sexual dentro de um dos banheiros do bar Avesso, no bairro da Prainha, frequentado por VIPs em Santarém.

O acusado pelo crime é Júnior Jandaia, empresário com negócios em Itaituba e Santarém.

Confira no vídeo abaixo a reportagem feita pelo jornalista Raphael Ribeiro.


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5 Comentários em Vídeo. Band faz matéria sobre agressão e violência sexual em bar VIP de Santarém

  • Se eu estivesse lá e ficasse sabendo de uma parada dessas, no mínimo eu ia dar muito soco e muita bicuda nele. Ainda mais que esse bar aí fica no meu setor.
    Nos meus áureos tempos de gangueiro não tinha essas paradas aí. A gente arrepiava os caboco que fazia isso aí.

  • No final das contas, o Avesso tem sim culpa em parte pelo ocorrido. Apesar de Keiliane Bandeira ter citado entre outros que a culpa não foi da fila do banheiro dos homens ser próxima da das mulheres, alguma coisa está errada em relação ao banheiro das mulheres. Se as mulheres têm de entrar no banheiro dos homens é porque o banheiro feminino tem algum problema: ou por ser pequeno, ou por estar sujo, ou por estar com a privada entupida, ou por não ter água, seja lá o que for. Aliás, o Avesso bem que poderia manter um segurança próximo ao banheiro dos homens e uma segurança no das mulheres. É melhor gastar um dinheiro a mais do que ficar conhecido em todo o país (via redes sociais) com essa história de um machista covarde.

  • Muito bacana a atitude do estabelecimento de se preocupar em preservar seu patrimônio ao cocontrário de preservar a moça!

  • O contrário dos bons costumes que se preza em uma sociedade civilizada, esse local ficou literalmente do lado AVESSO. Virou uma PUTARIA SÓ.

  • De Keiliane Bandeira, 23 anos, Feminista do Coletivo Juntas.

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    A culpa não foi da fila do banheiro dos homens ser próxima da das mulheres, a culpa não foi da quantidade de bebida que agressor ingeriu muito menos das roupas que a moça vestia. Para começar apontar a raiz do assédio sofrido pela jovem em um bar em Santarém na ultima sexta-feira (06), é necessário desconstruir os jogos de palavras que culpabilizam vítimas, terceiros, ambientes menos o agressor.

    Falemos sobre o agressor, um homem cujo nome ainda não foi divulgado e a identidade oficial permanece no desconhecimento. Causa tamanho espanto nas redes sociais a violência com que o rapaz se utilizou, trancou a vítima no banheiro, pôs o pênis para fora, posteriormente agrediu mais duas mulheres e voltou a sentar-se na mesa, tudo isso no meio de um bar bastante frequentado.

    Causa-nos espanto maior a naturalidade com que a postura das pessoas que no local presenciaram o assédio e nada fizeram. A dona do bar, uma mulher, nada fez para que o rapaz não continuasse despojando calmamente os serviços da casa, os seguranças que se tornaram armários literalmente, a polícia e sua morosidade em atender casos de agressão à mulher, os garçons, as mulheres que lá estavam, os outros homens etc.

    Obviamente a culpa do assédio não é de nenhum desses atores citados, mas indiretamente em algum momento do nosso cotidiano nos veremos com um desses personagens e nada faremos também?Infelizmente o assédio ocorrido não é pontual, ao contrário, mulheres são agredidas a cada minuto e quando não ocorre em locais frequentados por uma classe social mais elevada nem indignação causa.

    Quantas mulheres da periferia são agredidas e não causam comoção nem mesmo virtual. O que queremos chamar atenção é que casos como esse acontecem a todo o momento, nós mulheres somos assediadas em todos os lugares e mais que isso, somos culpabilizadas por atos que sequer são nossos.

    A masculinidade que na sociedade patriarcal precisa ser expressa diariamente como autoafirmação de uma frágil heterossexualidade gera esse tipo de acontecimento. O discurso do político machista na televisão, da mulher que enquanto gênero se veste de ideologias masculinas, do discurso que “não precisamos do feminismo”, o pai misógino, o vizinho sexista, as novelas que exacerbam e fazem da mulher uma caricatura ligada a histeria e fraqueza são exemplos de como começam atitudes que culminaram no assédio do bar, por exemplo.

    A agressão é sempre o ato final de toda uma ideologia desta sociedade que põe sobre as mulheres um título de propriedade, que as inferioriza e que dá ao homem privilégios. Pensemos nessa agressão sofrida por essas três mulheres nesse bar em todos os aspectos, pensemos nas mulheres que morrem vítima de feminicídio como responsabilidade nossa.

    Precisamos mudar as entranhas da sociedade que vivemos e deixar de aceitar abusividade cotidiana nos seus mínimos detalhes, pensar no voto consciente e numa política que seja efetiva para as mulheres. Vamos nos despir de uma fragilidade que nos obrigaram a acreditar que temos, uma histeria criada para nos enfraquecer. Mulheres, nós sofremos opressões semelhantes todos os dias, se os homens vendados por seus privilégios não enxergam nós temos que nos unir e apontar o caminho que queremos.

    Muito se fez para que nós hoje tenhamos nosso começo de liberdade conquistado, o direito de votar e ser votada, o direito da separação que um dia foram utopia em alguma sociedade e que foi desconstruídos com luta e resistência. Sejamos nós a luta e resistência da nossa geração!

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