“Marcha para Jesus” e ambições pessoais

Publicado em por em Comentários, Oeste do Pará, Política

Jornalista e poeta, Jota Ninos (foto) solta o verbo a propósito do post Prefeito pagou R$ 35 mil à “Marcha para Jesus”:

Sempre que posso me manifesto sobre este tema na internet, inclusive enviando à minha lista de contatos links sobre a importância da laicidade de um governo para a construção da democracia.

Blog do Jeso | Jota NinosPara não sermos injustos com os evangélicos, eu acrescentaria ao artigo do mestre Dutra que os católicos também adoram receber receber gordas verbas ou simplesmente “apoios culturais” para praticarem eventos no Brasil ou Santarém. Vide o caso do “Cristoval”, em Santarém, ou mesmo dos Círios de padroeiros pelo Brasil afora.

A divisão entre Igreja e Estado foi feita há séculos e as igrejas conseguem se auto-sustentar pelo dinheiro de seus fiéis através de dízimos e outras colaborações financeiras, mas utilizam-se exatamente de seu poderio em nome dos fiéis que representam para, de certa forma, extorquir o Poder Público.

Para não ter contra si a ira de pastores evangélicos ou lideranças católicas pentecostais, os políticos acabam financiando toda e qualquer seita de olho nos fiéis-eleitores, quando deveriam lutar pela preservação do estado laico.

Respeito as religiões, mas não concordo que queiram sobreviver às custas do Erário Público e depois se insurgirem em campanhas contra os mesmos políticos que os apoiam financeiramente para defenderem dogmas religiosos que às vezes vão de encontro à evolução da humanidade, tentando nos manter na Era Medieval com propostas como a discriminação sexual ou o controle da natalidade através de preservativos.

E cada vez mais, pastores e padres se imiscuem na política através de mandatos que passam a representar suas comunidades religiosas, criando-se um poder eclesial que afronta a laicidade de um estado.

Em Santarém, o maior representante dessa vertente é o vereador Reginaldo Campos (PSB), que utiliza de métodos pouco ortodoxos para transformar a Igreja da Paz em um escudo para as suas ambições pessoais.

Tenho quase certeza que ele pode se eleger deputado estadual nas próximas eleições (e daí, seus tentáculos junto aos governos municipal e estadual), para num futuro breve se tornar um líder pentecostal com possibilidades de se eleger prefeito de Santarém (seu maior sonho). Pra isso, pula de governo em governo, pois seu Senhor é o conchavo e o dinheiro público.

E como já disse em outros artigos já publicados aqui e em outros lugares, Reginaldo Campos tem tudo para ser um político mais nefasto que o deputado federal Lira Maia (DEM), líder nacional de processos sobre corrupção. Maia é um político que aprendeu a ser cínico durante sua trajetória. Reginaldo Campos é cínico de nascença.


Publicado por:

20 Comentários em “Marcha para Jesus” e ambições pessoais

  • “Observador”, sua “observação” é míope e tergiversa mo sentido de induzir o leitor, da mesma forma que você se queixa dos pontos de vista anteriormente ecternados sobre a questão da laicidade do Estado.
    Sua premissa até teria fundamento se os recursos públicos destinados à cultura fizessem parte de uma política pública de apoio às manifestações culturais, devidamente disctidas e aprovadas por um Conselho Municipal atuante, o que não é o caso. Aqui trata-se de toma là-dá cá mesmo, com a intermediação direta de políticos que fazem o lobby em favor de suas igrejas, visando benefícios eleitorais.
    Sua “observação” chega a ter um ranço fascistóide ao tentar imputar o debate um viés “esquerdista” e “ateu”.
    Logicamente que você professa a religião evangélica, mas sequer se assume publicamente para defendê-la, escudando-se inclusive num pseudônimo.
    Como já disse, respeito a liberdade de cada um acreditar mo dogma religioso que lhe convier, mas o Estado, por sua condição laica deve se manter distante do financiamento destas causas.

  • O estado é laico, isso não quer dizer que as pessoas que fazem parte desse estado devam ser também. Se o governo aplica recursos em diversos projetos culturais (vide carnaval, sairé, aniversário da cidade, etc) porque não aplicar em eventos dessa natureza, afinal, a religião dos cidadãos que compõem o famoso “estado” faz parte ou não da cultura??? Essa redução muito simples da interpretação do assunto é tentar induzir a erro os leitores. Isso anda muito comum na imprensa atual, só fazendo um paralelo, se houvesse uma parada gay em STM, garanto que os que desprezam a aplicação de recursos públicos nos eventos culturais vinculados a religião, aplaudiriam de pé o prefeito aplicando dinheiro na parada gay, afinal, tudo pela pluralidade, mas a pluralidade tem limites certo? E esse limite são os cristãos. Quanto ao projeto de islamização do país através dos evangélicos, não passa de uma grande bobagem, a esquerda é sempre assim, se é para ter uma discussão honesta de qualquer assunto, não pode haver qualquer influencia de religião no debate, ou seja, um debate só é válido se for travado por dois ateus, ou seja, não há tese e antítese, é tese contra tese, ai o debate é perfeito.

  • Caro João, a “tendência” é continuar todo mundo no mesmo barco. Políticos se alternam no poder, mas as religiões não.
    Como disse acima, Reginaldo tinha seu naco no governo Maria, e agora tem no governo Von. Os carismáticos perderam um pouco de espaço, mas também terão seu quinhão na hora certa.

  • Independente de ser catolólico ou evangélico temos que ter a consciência que o dinheiro público não é para apoiar manifestação de igreja A ou B e sim de melhorar a vida cotidiana de toda a população. Apenas em relação a iluminação pública, quantas lâmpadas poderiam ter sido trocadas com esse dinheiro, na nossa escura Santarém? Sugestão aos senhores vereadores, qualquer liberação de recursos a entidades só com aval da câmara, pois se toquem essa liberação beneficiou um vereador que ficou 35.000 x mais forte.

  • A unics coiza que esse jota ninos sabe snalisar e tendencia. O cara confunde alhos com bugalhos. E eu como evangelico fico triiste pq esse blog ta disseminando o prrconceito religioso.

    1. Atacar o argumentador é fácil, difícil é fazer um contraponto coerente, fundado em fatos e argumentos. Virou modinha impor a sua “fé”, muitas vezes para alcançar objetivos próprios dentro da política e quando for atacado (não na fé em si, mas no seu uso indevido), levantar a bandeira do preconceito religioso. Nada a ver o que falaste, “Jump”.

  • Jota Ninos e Jeso Carneiro, é muito importante o que Vocês denunciam para a sociedade Santarena, essa promiscuidade política entre a Seita da Paz e a Prefeitura de Santarém não é de hoje, já faz bastante tempo, vem de outros governos municipais, é uma falta de vergonha esse comportamento nefasto do vereador Reginaldo Campos que se viciou em politicagem e não quer mais trabalhar.
    É por esses exemplos de maus políticos como Reginaldo Campos e Lira Maia que Santarém vive uma decadência na questão de surgirem novos e verdadeiros líderes políticos que busquem dias melhores para a nossa população, que como em todo o nosso País não acredita mais na classe política, a qual, só quer saber de corrupção e muita sacanagem. Nos fazem pensar que política é coisa para Picareta!!!
    Vamos lembrar novamente o pensamento do saudoso Rui Barbosa que naquela época, já combatia os picaretas da politicagem:
    “De tanto ver triunfar as nulidades,
    De tanto ver prosperar a desonra,
    De tanto tanto ver crescer a injustiça,
    De tanto tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus.
    O Homem chega a desanimar-se da virtude.
    A rir-se da Honra,
    A ter vergonha de ser honesto.”

  • Olha só quem apareceu, o “Senhor Tendência” do horário político do PT. No goverso passado a Renovação carismática que dava as cartas, agora passou para a Igreja da Paz.E depois quem será? A UDV?

    1. Caro João, a “tendência” é continuar todo mundo no mesmo barco. Políticos se alternam no poder, mas as religiões não.
      Como disse acima, Reginaldo tinha seu naco no governo Maria, e agora tem no governo Von. Os carismáticos perderam um pouco de espaço, mas também terão seu quinhão na hora certa.

  • Esse é perigoso e dve ser tolhido enquanto podemos, depois será dificl deter a fera, que se não me engano se aposentou da Policia por problemas mentais!

    1. Interessante a analise do Ninos sobre O vereador Reginaldo Campos. Porém esqueceu de acrescentar que as Igrejas evangélicas tem um projeto de poder que busca o controle politico do Estado e que portanto, vai além das ambições pessoais de alguns fieis, transformados em representante políticos dos fiéis. Com isso, recriaram no Brasil o velho modelo politico baseado no coronelismo e no voto de cabresto. Os seguimentos evangélicos representam atualmente esse modelo ultrapassado, quando transformam seu templos em “currais eleitorais”, onde os fieis são orientados a votarem no” irmão “que representa os “interesses da igreja” e que vai buscar privilégios (patrocínios estatais) e a legislar baseados em ideias que não coadunam com o Estado de Direito Democrático em vigor no Brasil. Este deve está acima dos interesses particulares e a serviços de todos, inclusive dos ateus.

      1. Joaquim Costa, o projeto político dos evangélicos vai mais além: transformar o país à lá Irã dos aiatolás e congêneres, num Estado fundamentalista.

        1. Meu caro Jeso, você é muito mal informado ou tem muita raiva de evangélico. E o Jota Ninos, coitado, não sabe nem o que é um estado laico.

          1. Pastor Jump, faça o devido contraponto. Você não acrescentou nada ao debate.

        2. Meu caro Jeso, acho que os comentários estão sendo generalizados em torno dos “evangélicos”, isto é, não são todos que estão envolvidos em política, é uma pena que pessoas tão inteligentes como vocês escrevam comentários como estes chamando o povo de Deus como fundamentalista, como se fossem capaz de matar ou cometer barbáries em nome da fé, comparando com os aiatolás do Irã. Saiba que a sabedoria de vocês para Deus é ignorância. O amor de Jesus, o arrependimento e perdão para salvação da alma é o quê vem sendo pregado nas igrejas e não política, agora é bem verdade que se não existissem pessoas como o vereador Reginaldo e Marco Feliciano envolvidos nesse meio muitos valores, principalmente de família, já teriam sido extintos da sociedade. Torço para que eles continuem na luta, eu estarei orando por eles.

          1. Marcos, e não é “fundamentalismo” se auto-denominar “povo de Deus”? Quer dizer que quem não comunga com sua religião é “povo do Diabo”? Rs…

        3. Acrescentaria, um dos escopos principais elencados , por algumas igrejas evangélicas é o dinheiro, dízimo dos crentes incautos.A locupletação, apropriação, ganâncias de algumas lideranças evangélicas não se coadunam com os ensinamentos de Deus.óbvio, generalização não pode ser direcionada a todos os Evangélicos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *