Tachando a criação dos estados do Tapajós e Carajás como “golpe”, de “não possuir justeza na sua intenção” e de “ser oneroso ao país só para favorecer as elites locais”, o PCdoB tomou posição oficial contra a redivisão do Pará.
É o 1º partido a tomar essa iniciativa no que tange ao tema.
Em uma longa carta, com data de hoje (19) e assinada por Érico Leal, secretário político da legenda no estado, o PCdoB enumera em 18 itens as razões de ter tomado esse posicionamento.
– As elites políticas tanto do pretenso “Carajás” como do pretenso “Tapajós”, não apresentam projetos de desenvolvimento que indiquem a inclusão social de sua população, nem contestam a lógica do saque das riquezas e de atividades predatórias. As bases sociais que de fato representam não estão preocupadas com a verticalização de economia e agregação de valor, com o incentivo à agricultura familiar, e sim com produtos primários para exportação com base no latifúndio. Grande parte da base social dessas elites foi a que mais devastou, mais enriqueceu, mais gerou conflitos pela terra, grilando, expulsando e matando camponeses e suas lideranças – acusam os comunistas no manifesto.
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O partido não tem representante nem na Alepa (Assembleia Legislativa do Pará) e nem no Congresso Nacional (Câmara e Senado). Nos municípios que compõe o estado do Tapajós, a sigla também não te um único vereador.
Leia AQUI, a íntegra do documento, intitulado “Por um Projeto de Desenvolvimento com Inclusão Social”.
Esclareço que o artigo contra a divisão do Estado é minha posição individual. O PCdoB/Pará ainda não tomou posição. Érico de albuquerque Leal
Na verdade, qual é o partido que a nivel nacional apoiará a Criação do Estado do Tapajós?
inclusive o PSDB, na figura do Bode Velho, que teve muito voto em Santarém, em campanha com o engomadinho Zenaldinho.
Depois PSol e agora PSDB, será que com essa ladainha de desmatamento , custo de investimento e elite Santarena, o PV será contra também? ahaaaa!
Telma
Partidos Divididos ou Dividiram os Partidos!
O debate sobre divisão do Estado é velho e cheio de problemas. Este debate foi crescendo sem a posição dos partidos, que neste caso não consolidaram posições únicas, ou seja, deixaram de ser partido para serem levados pelas correntes de opinião, formaram-se posições na sociedade sem posição partidária. Os partidos não tem nada á dizer.
O PSDB tem uma posição cômoda, ou seja, enquanto sua juventude em Belém toma posição contraria ao debate, mas a favor ao plebiscito, seu deputado federal Wandenkolk é um dos árduos defensores da divisão. O chefe da Casa Civil e presidente do partido é contra, Lira Maia deputado federal e Alexandre Von deputadp estadual são a favor.
O governador Jatene se coloca a favor do debate, mas não diz qual sua posição neste debate e na votação no plebiscito. É justo o governo fazer campanha pela manutenção do seu território? No meu entender não.
O PT não tem posição. O deputado federal Zé Geraldo é a favor, Maria do Carmo, perfeita de Santarém é a favor e os outros ficam calados. O deputado estadual Bordalo é contra a divisão e os deputados Bernadete e Airton Faleiro são a favor.
O PV de Zé Carlos é contra, mas o deputado Guerreiro é a favor. O PMDB está dividido e, tem gente contra e gente á favor. O deputado Parsifal é a favor, mas Simone Morgado deve ser contra, acompanhado a vontade de sua região, o deputado Antonio Rocha até o momento mudo. O PDT tem a favor o deputado Giovane Queiroz, mas duvido que seus vereadores em Belém tem posição semelhante. São algumas posições que revelam a confusão partidária.
Este debate é muito importante para uma região chamada Amazônia. A não posição dos partidos indica que todos os partidos não tem um projeto para a região. TODOS!!!!!
Aliás, quero chamar atenção, para o não posicionamento dos partidos para questão importantes para região, como do código florestal, não houve debate com a sociedade, e o Pará passa batido em relação as propostas apresentadas na câmara federal.
Não há programa para Amazônia nos partidos, debatidas e dialogadas com a sociedade local.
Os partidos há muito deixaram de fazer o debate das bandeiras de luta e só no tempo das eleições alguns temas são levantados.
Acabamos de sair de uma eleição estadual, onde o assunto foi secundarizado, como se ele não fizesse parte das pautas e agora temos uma representação federal, que na sua grande maioria defende a separação. Já a representação estadual estão em cima do muro.
Na sua agenda mínima, apresentada para a sociedade paraense, pelo governo Jatene, não há uma reflexão sobre as microregiões. A divisão das obras e serviços, não foi apresentada claramente, está bastante submersa uma divisão regional e a aplicação dos recursos. Não há qualquer menção a uma implantação mais efetiva das secretárias e das politicas para as micros regiões.
A divulgação de um governo itinerante é pouco, é velho. Magalhães Barata em 1930, quando assumiu a primeira interventoria no Pará, iniciou este processo, o que deu á ele uma popularidade muito grande, por ser uma iniciativa, em 1930, nova. Depois esta tática foi reelaborada por Jader Barbalho em seu primeiro governo, do qual Jatene foi secretário de planejamento. Mas não resultou em aproximação do Estado nas micros regiões.
O sentimento de exclusão foi se consolidando. A proposta de criação dos Centros de Integração Regional no governo Ana Júlia foi uma balela.Criou-se o de Marabá , mas não se interiorizou as secretárias. A SEMA, por exemplo, continua centralizada em Belém, o funcionário da SEMA só protocolava os pedidos. Os CIRs foi só um local para protocolar os pedidos, as demandas. Não havia uma representação politica, com força interna para transformar os CIRs em representação de fato, do Estado e nas regiões. Não houve uma divisão dialogada do orçamento do estado e as demandas do PTP não foram respeitadas. Em 2009, em abril só 23% das demandas foram atendidas. Demandas de 2008 que deveriam ter sido atendidas, pelas várias secretarias, e já estávamos em 2009.
A ausência do Estado foi fundamental para fortalecer este sentimento de separatismo.
Na contramão da História!!!
Eu admiro quem se manifesta em favor de causas polêmicas: é um ato muito mais honrado do que ficar em cima do muro.
O detalhe é que defender a unificação é um ato ainda mais corajoso, pois é muito capaz que as grandes mineradoras et Caterva façam virar “modinha” votar pela divisão.
Eu estou me filiando no partido e não será essa notícia que me afastará de minhas convicções. O PCdoB apenas saiu na frente do que será daqui em diante a posição de todas as direções estaduais de partidos. Além do que, a notícia publicada aqui não se refere a uma posição do partido como um todo e sim do secretário político do partido em Belém, o sr. Érico de Albuquerque Leal. O que não significa que seja a posição oficial do partido.
De PT a PSDB, passando por DEM e PMDB todas lideranças partidárias regionais fincadas em Belém e arredores, vão vociferar contra essa proposta. Isso não deve intimar os lideres locais. Muito pelo contrário. É preciso chamar o debate interno e lutar pela democracia que seja possível em qualquer agremiação. Afinal, caso se configure a criação de novos estados, os dirigentes locais passarão a integrar uma agremiação partidária de outro estado e serão parceiros amazônicos do Pará remanescente.
Aliás, pra mim, esse deve ser o tom do nosso discurso em todos os âmbitos. De nada adianta o discurso raivoso porque um político de Belém se manifestou contra a criação de novos estados. Se olharmos pelo prisma dele, está defendendo suas raízes, seu quintal, seu eleitorado. Tem mais que praticar seu “jus sperneandis”, como se diz jocosamente no meio jurídico. E nem pode se considerar um “proselitismo político”, afinal, atende aos anseios de grande parte da população belenense desinformada.
O que não pode acontecer é que as direções locais dos partidos não se posicionem. O PSOL local, em sua maioria, tomou uma posição, apesar de alguns elementos do partido já terem contestado. O PCdoB acredito que também fará, é o que espero. Caso contrário, aí sim me sentirei desconfortável em assumir minha filiação. Depois será a vez de petistas, tucanos, demistas, e peemedebistas. Aqueles que não responderem à provocação de suas direções estaduais, estarão fadados ao descrédito e poderão diminuir com instituições partidárias, ficando inclusive descredenciadas de se pronunciarem em qualquer evento que seja realizado sobre o tema em Santarém. Mas, se do contrário reagirem, serão bem recebidos pela nação tapajoara (ou tapajoense ou tapajônica?)!
P.S. O Sr. Tibério Aloggio, que fica de camarote criticando todos os partidos, deveria rever sua posição ao chamar os partidário do PCdoB do Pará de “demo-comunistas”. Não sei que comunismo italiano ele defende, mas certamente nenhum partido hoje no mundo, mesmo os comunistas, tem uma visão tão tosca quanto a dele em alguns casos. Sei que ele faz apenas o mis-en-cène para atrair a raiva de todos contra si próprio. Mais parece uma postura sadomasoquista. Ele deve se divertir com todos criticando-o por suas posturas. Apesar disso, gosto de muitos de seus escritos. Só acho que ele carrega nas tintas de vez em quando.
Perché questo ragazzo? Essere più coerente con le loro posizioni!
rsrsrsrsrssrsrsr….. Simpatizante do PCdoB, gostei de sua réplica. Inteligência e senso de humor são sempre bem vindos.
Nada contra suas considerações.
Mas haverá de concordar comigo que o PCdoB promove um “socialismo” por lá de “estranho”.
Vide o Aldo Rabelo e seu Codigo Florestal. Vide o apoio dos “comunistas” de São Paulo ao Governo Kassab.
Enfim, me parece que o “comunismo” do PCdoB está mais para a “agua de colonia” do que “perfume”.
Tiberio Alloggio
Pô, Tibério, se for por aí, o PT, O PSB e o PDT, considerados partidos de “esquerda” também se enquadram nessa visão. sobre o código florestal, o Aldo Rebelo na verdade está defendendo uma postura de governo. sobrou pra ele assumir o pepino, mas podia ser um deputado petista…
O PPS nem se fala: não sobrou nem rastro do antigo partidão (PCB). Na verdade é um partido de direita raivoso, que logo logo vai ser absorvido pelo Tucanato, no qual transita como satélite (assim como o PCdoB em relação ao PT).
Aí vem o PSOL, uma versão 2.0 do antigo PT, mas que logo logo vai deixar o discurso quando começar a ganhar poder (em Belém, se o Edmilson Rodrigues virar prefeito, isso logo vai se materializar).
Então só restam como “genuínos” partidos de esquerda os fascistóides PCO, PCB e PSTU, que pararam no tempo e continuam tergiversando sobre o velho discurso marxista-leninista.
Afinal, qual o comunismo que você defende? Pra mim ainda não ficou claro…. Ou está esperando que a Marina Desencantada da Silva pelo PV seja a redenção dessa nova esquerda?
na separação vamos meter rebite ! separação é bandeira da elite !!!!!! e não venha forte que eu sou do norte ! chora cavaco !!!!!!
Acredito que o povo tem que ser manter unido na busca de seus ideais, sem perder de vista a legalidade e o r espeito as opiniões, respeitamos a opinião do PCdoB do Pará, mas QUEREMOS nos PCdoB do TAPAJÓS, reforçar que somos a FAVOR DA REDIVISÃO e conclamos a todos ao SIM AO ESTADO DO TAPAJÓS…
Emotividades à parte, não creio que eles estejam tão errados assim. Explico-me, Nao sei viu (a não ser que não apareça na minha tela) um exposição concreta da comissão que luta pela criação do estado de um projeto para o estado. O projeto é criar o estado? Ok, vatamos, aprovamos e depois? tudo volta ao corriqueiro? tapa um buraco daqui, faz uma puxadinha dalí… “as coisas se arrumam com o tempo”, dirã… vamos continuar no jetinho brasileiro, e sempre no subdesenvolvimento.
O que o povo precisa é que o debate saia dessa emotividade, que vá para o concreto, para o planejado! Como vamos nos manter? Qual o projeto de desenvolvimento? Há uma proposta voltada para o turismo (turismo nao se resume a tapajós e as belas praias)? Para o comercia? e tantos outros itens que servem não somente a convencer a mim e toda a população, quanto da seriedade e embasamento para apresentar o projeto do estado para o Brasil… e isso eu ainda não vi…
Vou me desfiliar do PCdoB. Estava com pretensões de ser candidato a vereador aqui na nossa cidade por esse partido, mas, agora, tchau mesmo, vou pra outro mesmo que não venha pra vereador.
PC do B, um partido há muito já falido e enterrado juntamente com sua ideologia medieval não tem repercussão nem bagagem para falar contra os interesses dos povos do Oeste do Pará e Carajás, muito menos a nive nacional. Se há em Santarém, ainda, algum comunista, ou como gostam de falar, agora, social-democrata, coitado, infelizmente fica isolado, falando sozinho…blá, blá, blá e seu eco repercutindo no vazio e voltando para os seus próprios ouvidos. Esses tais não tem “poder de fogo” contra nós. Não dêem ouvidos a eles…são fanáticos visionários…
Até que eu iria me filiar no PCdoB mas depois dessa de serem contra aos novos Estados tou fora.
Ja era de se imaginar essa posição do Partido “Comunista”. Afinal de contas eles ainda matém viva que é através da imensidão do território que se atinge o desenvolvimento! Vejam a grandiosa União Soviética….deu tão certo q teve q se dividir…ai ai…esse pessoal não aprende com os erros do passado!
Porém, não se admirem se outros partidos tb declararem sua luta contra nossa emancipação. Afinal de contas a sede estadual dos partidos encontram-se aonde? Em Belém! Lá são tomadas todas as decisões e para nossas bandas só enviam um comunicado via email anunciando o resultado!
Pobres de nós…
Mas a luta continua…ja sabiamos que seria assim, a luta popular contra tudo e contra todos!
Jeso você fala do PCdoB no Pará, mas deu a entender que seria em todo o Brasil. Pois só pra constar, o deputado federal Aldo Rebelo é do PCdoB de São Paulo e a senadora Vanessa Grazziotin é do PCdoB do Amazonas.
Um beijo do Bolsonaro a todos!